Investigadores recuperaram uma das duas caixas-pretas do Boeing 787-8 Dreamliner da companhia aérea Air India que caiu logo após decolar do aeroporto de Ahmedabad, no oeste do país, matando 241 das 242 pessoas a bordo e pelo menos 24 indivíduos em solo.
Não foi informado, no entanto, se trata-se do gravador de voz da cabine de pilotagem ou do gravador de dados do voo, enquanto as equipes seguem em busca da outra caixa-preta da aeronave.
O voo AI 171 tinha como destino o aeroporto de Gatwick, em Londres, no Reino Unido, porém caiu sobre uma área residencial de Ahmedabad menos de um minuto após a decolagem. Gravações amadoras mostram que o 787-8 Dreamliner, joia do portfólio da Boeing e que nunca havia se envolvido em acidentes fatais, perdeu sustentação rapidamente e se chocou contra o solo, gerando uma enorme bola de fogo e fumaça.
Um ageiro, Vishwash Kumar Ramesh, sobreviveu milagrosamente à tragédia e foi levado a um hospital. "Primeiro eu pensei que morreria, mas depois abri os olhos e percebi que estava vivo", disse ele à emissora indiana DD News.
O avião bateu em um alojamento para médicos e estudantes da Faculdade de Medicina B.J., no momento em que muitos deles estavam reunidos no refeitório para almoçar.
Até o momento, 265 corpos foram recuperados no local do acidente, porém o ministro do Interior da Índia, Amit Shah, afirmou que a contagem final de mortos será anunciada somente após exames de DNA.
Entre os ageiros do voo AI 171 estavam 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. O premiê da Índia, Narendra Modi, visitou o cenário do desastre nesta sexta-feira (13) e também se reuniu com Ramesh no hospital.

Um dos pilotos da aeronave, Sumeet Sabharwal, era veterano da aviação e tinha experiência de mais de 8,2 mil horas de voo. Aos 60 anos de idade, ele estava próximo da aposentadoria e também trabalhava na formação de jovens capitães. Já o copiloto Clive Kundar tinha 1,1 mil horas de voo no currículo.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA