Após ser demitido do comando da seleção italiana, Luciano Spalletti afirmou em uma coletiva de imprensa que não queria seguir com "mais dois dias de mentiras", e por esse motivo foi decidido antecipar sua saída do cargo.
Campeão italiano pelo Napoli, Spalletti deixará a liderança da Azzurra somente depois do duelo contra a Moldávia, marcado para acontecer hoje (9), em Reggio Emilia, pela segunda rodada das eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 2026.
Na conversa com os jornalistas, o treinador questionou se seria correto ele ter consciência sobre sua demissão e ter seguido no cargo por mais dois dias sem dizer nada.
"Que sentido seria manter mais dois dias de mentiras? Isso seria respeitoso com os italianos? Não vejo por quê. Temos excelentes relações e uma boa amizade. Se você me disser algo errado e tomar uma decisão, não pode me pedir para manter tudo em segredo", declarou Spalletti.
O experiente comandante itiu que está convencido de que a Azzurra voltará a disputar um Mundial, além de ter revelado que não pediu demissão, embora tenha reconhecido que sua saída foi um sinal de que cometeu equívocos.
"Tenho um ótimo relacionamento com Gravina pela forma como ele se comportou comigo. Ele estava em dúvida se continuaria comigo e o obriguei a me contar. Tornei isso público porque não era certo manter segredo por dois dias. Os jogadores farão de tudo para que eu saia com uma boa vitória", declarou.
"Farei uma coisa: torcer por quem me suceder. Retiro o que disse sobre o Mancini, sobre a forte seleção que herdei dele. Espero que quem vier depois de mim se saia muito melhor do que eu e vá para a Copa do Mundo", acrescentou.
Spalletti também falou sobre o seu sucessor, que ainda segue incerto. A imprensa local aposta que o próximo treinador da Azzurra será o veterano Claudio Ranieri, que se aposentou recentemente após uma excelente temporada no comando da Roma. Ele também ocupa uma função na diretoria dos giallorossi.
O presidente da Federação Italiana de Futebol (Figc), Gabriele Gravina, teria conversado com Ranieri nas últimas horas para sondar sua situação. No entanto, o técnico de 73 anos deseja manter a promessa de seguir como conselheiro da equipe da capital. Outro nome cogitado é o de Stefano Pioli, do Al-Nassr.
"Não sei, mas Ranieri é uma pessoa e um profissional que viajou o mundo, é equilibrado e mostrou este ano com a Roma suas qualidades e de ser capaz de tocar imediatamente nos pontos certos. Se for ele, eu seria o primeiro a torcer por ele", opinou Spalletti.
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