Se hai scelto di non accettare i cookie di profilazione e tracciamento, puoi aderire all’abbonamento "Consentless" a un costo molto accessibile, oppure scegliere un altro abbonamento per accedere ad ANSA.it.

Ti invitiamo a leggere le Condizioni Generali di Servizio, la Cookie Policy e l'Informativa Privacy.

Puoi leggere tutti i titoli di ANSA.it
e 10 contenuti ogni 30 giorni
a €16,99/anno

  • Servizio equivalente a quello accessibile prestando il consenso ai cookie di profilazione pubblicitaria e tracciamento
  • Durata annuale (senza rinnovo automatico)
  • Un pop-up ti avvertirà che hai raggiunto i contenuti consentiti in 30 giorni (potrai continuare a vedere tutti i titoli del sito, ma per aprire altri contenuti dovrai attendere il successivo periodo di 30 giorni)
  • Pubblicità presente ma non profilata o gestibile mediante il pannello delle preferenze
  • Iscrizione alle Newsletter tematiche curate dalle redazioni ANSA.


Per accedere senza limiti a tutti i contenuti di ANSA.it

Scegli il piano di abbonamento più adatto alle tue esigenze.

Adeus a Sebastião Salgado, o fotógrafo da alma da Terra

/ricerca/brasil/search.shtml?any=
Mostre menos

Adeus a Sebastião Salgado, o fotógrafo da alma da Terra

'Agora só me resta morrer', disse profissional em entrevista

RIO DE JANEIRO, 23 de maio de 2025, 15:25

Por Patrizia Antonini

ANSACheck
Mostra de Salgado em Trento, na Itália, segue até setembro - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Mostra de Salgado em Trento, na Itália, segue até setembro - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Adeus a Sebastião Salgado, o fotógrafo da alma da Terra, que morreu aos 81 anos em Paris nesta sexta-feira (23). "Através das lentes de sua câmera, ele lutou incansavelmente por um mundo mais justo, mais humano e mais ecológico", enfatizou a família.

"Fotógrafo que viajou o mundo sem parar", Salgado "contraiu uma forma específica de malária em 2010, na Indonésia, como parte de seu projeto Gênesis. Quinze anos depois, as complicações dessa doença se transformaram em uma leucemia grave, que o venceu".

"Morreu um dos maiores fotógrafos do mundo, senão o maior", comentou o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que imediatamente dedicou um minuto de silêncio a ele, lembrando que "Salgado não usava apenas os olhos e a câmera para retratar pessoas", mas "também a plenitude de seu coração".

No último sábado (17), o artista deveria comparecer à inauguração dos vitrais projetados por seu filho Rodrigo para uma igreja na cidade de Reims, mas na véspera, já havia cancelado sua participação em um encontro com jornalistas, devido a problemas de saúde. Ele também cancelou a inauguração da exposição "Ghiacciai", no Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Trento, na Itália, com 54 fotos, quase todas inéditas, que ficará aberta até 21 de setembro.

Nascido em 1944 na cidade de Aimorés, em Minas Gerais, Salgado estudou economia, área na qual obteve mestrado pela Universidade de São Paulo. Ativista de esquerda, mudou-se para a França em 1969, fugindo da ditadura.

A notícia de sua morte também foi comentada pelo Instituto Terra, que o intelectual fundou junto com a esposa Lélia Wanick: "Sebastião semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental também é um profundo gesto de amor à humanidade".

Ao longo de sua carreira, iniciada em 1973, o fotógrafo visitou mais de 100 países, incluindo a Itália, para desenvolver seus projetos fotográficos baseados no cuidado com a vida humana, a natureza e o trabalho.

Em 1993, Salgado iniciou uma viagem fotográfica, física e existencial pela galáxia das migrações e, em seis anos, ou por quatro continentes e produziu obras que resultaram na exposição "Êxodo - Humanidade em Movimento", com 180 imagens em diversas áreas geopolíticas, que contam a realidade dos campos de refugiados.

Na Amazônia, Salgado viveu com 12 grupos indígenas e transformou suas fotografias em uma mensagem global para mostrar o poder da natureza, mas também sua fragilidade, e alertar a humanidade sobre os perigos da destruição dos ecossistemas.

Seu trabalho também deu origem à esplêndida exposição "Amazônia", que imortaliza a riqueza e a variedade da floresta tropical e o estilo de vida dos povos locais. Em 2014, o documentário "O Sal da Terra", codirigido pelo diretor alemão Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, filho de Sebastião, ganhou um prêmio no Festival de Cannes e foi indicado ao Oscar.

Em entrevista recente à imprensa internacional em Londres, o artista disse que a única coisa que lhe restava era morrer, após anunciar sua aposentadoria do trabalho de campo em 2024.
"Agora só me resta morrer. Tenho 50 anos de carreira e estou com 80. Estou mais perto da morte do que qualquer outra coisa. Uma pessoa vive no máximo 90 anos. Então, não estou longe", disse. 
   

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA

Imperdíveis

Compartilhar

Veja também

Ou use